segunda-feira, 7 de novembro de 2011

É de Noite que Faço as Perguntas

Título: É de Noite que Faço as Perguntas
Autor: David Soares
Ilustradores: Jorge Coelho, João Maio Pinto, André Coelho, Daniel da Silva e Richard Câmara
Editora: Saída de Emergência

Sinopse:
É de Noite que Faço as Perguntas é, em simultâneo, o fresco poético de época, um ensaio filosófico pungente e uma banda desenhada ímpar
É de Noite Que Faço as Perguntas é uma história que parte da cronologia e dos factos históricos pertencentes ao período da primeira república portuguesa para se apresentar como uma poderosa observação sobre a vida, a política e o modo como ambas se influenciam. Mergulhado num regime autocrático, de natureza indefinida, em meados do século XX, um pai tenta recuperar o filho, caído no seio do partido, escrevendo-lhe as memórias que experimentou nos anos da primeira república: tempo em que o ideal de cidadania era a participação activa e não o recolhimento sob o jugo ditatorial. Escrito por David Soares e desenhado por Jorge Coelho, João Maio Pinto, André Coelho, Daniel da Silva e Richard Câmara, É de Noite Que Faço as Perguntas é, em simultâneo, um poético fresco de
época, um ensaio filosófico pungente e uma banda desenhada ímpar.

Opinião:
"É de Noite que Faço as Perguntas" enquadra-se nas comemorações do centenário da República, apesar de surgir no 101.º, tendo assim um destaque muito próprio.
Juntando David Soares, um escritor que ocupa um espaço cada vez mais amplo no panorama literário nacional, com um excelente grupo de ilustradores, cada um com o seu estilo próprio, as expectativas são quase tão altas como as de Outubro de 1910.
Vemos os acontecimentos da Primeira República pelos olhos e pela pena de um pai que tenta recordar o que viveu no início do século, relembrando também o leitor os principais marcos da revolução. Para além da História, podem contar com uma análise filosófica, idealista das interacções dos vários grupos intervenientes. Tudo escrito com a intensidade de palavras a que David Soares nos tem habituado, sem medo de criar imagens fortes, ultrapassando, até, as ilustrações. Estas contam uma outra história quase por si só e é muito curiosa a mudança de ambiente a que assistimos com a transferência da palete de ilustrador para ilustrador.

Uma das melhores homenagens à República que tive oportunidade de ler e que se manterá actual pela altura do Segundo Centenário.

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