O desenho é a primeira escrita da criança. Surge como primeira possibilidade de “falar”, co-mo forma de expressar sentimentos e emoções, como um novo território para brincar, e mar-ca o desenvolvimento da infância. Ao desenhar, a criança faz um exercício de movimentos no papel, “rabiscando” com a intenção de representar qualquer coisa: o mundo à sua volta, o es-paço a que está confinada, os desejos e as fantasias que alimenta. O controlo, o domínio das mãos e do objecto usado para desenhar, permitem-lhe “soltar” ideias e pensamentos, mesmo que sem sentido, e dão asas ao seu processo de crescimento cognitivo. Com mais de 200 figu-ras para completar e criar, “E tu, rabiscas?” permite à criança manifestar toda a sua criativida-de, mas de um modo muito mais inovador e divertido.
Cada página do livro, em tamanho bastante generoso, tem um desenho incompleto que a criança pode concluir de acordo com orientações escritas. Catlow coloca parte de um desenho (uma tigela, por exemplo) na página e pergunta à criança o que está lá dentro. O que se segue é um espantoso “trabalho” de expansão da mente, num processo que alia a aquisição de novas capacidades intelectuais, à criação pura e ao incentivo à descoberta e à imaginação. Sem qual-quer especificação de cores a utilizar, num corte evidente com os livros de colorir standariza-dos, “E tu, rabiscas?” é modelar na forma como cativa os mais novos para o desenho, levando- -os a arriscar rapidamente novas tentativas, cada vez mais ousadas.
Indispensável a crianças a partir dos 4 anos, “E tu, rabiscas?” constitui uma formidável fer-ramenta para pais e educadores, estando particularmente direcionado para o Pré-escolar e para o 1º Ciclo, mas são óbvias as suas enormes potencialidades para fazer a ponte entre miúdos e graúdos, independentemente de saberem ou não desenhar.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
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