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O médico Abílio Alves esteve um ano e meio em Nambuangongo, Angola, a tentar salvar vidas, com poucos meios e sob ataques constantes. António Lobato foi o primeiro piloto a despenhar-se na Guiné, o chamado Vietname português, e aquele que mais tempo esteve preso nas mãos do PAIGC – sete anos. Maria Arminda Lopes Pereira dos Santos pertenceu ao primeiro grupo de enfermeiras pára-quedistas e durante dez anos percorreu vários cenários da guerra colonial. António José Freire foi atingido, em Angola, por um estilhaço que lhe arrancou uma parte do crânio. Ao todo, foi operado 18 vezes à cabeça. José Vicente decidiu arriscar a vida ao volante de um Unimog para a companhia não ficar uma noite inteira sem água. Sofreu um acidente e ficou paraplégico. O jornalista Nuno Tiago Pinto ouviu cada um dos 50 testemunhos que fazem parte deste livro e captou o momento mais dramático da sua experiência nos três cenários da guerra colonial – Angola, Guiné e Moçambique. São relatos impressionantes, feitos na primeira pessoa, de actos de coragem e de amizade, de medo, heroísmo, desespero, de soldados, médicos, enfermeiras que combateram, de diferentes formas, em nome da pátria. Ao todo, foram mobilizados para os três teatros de guerra entre 800 mil, e um milhão de portugueses. Destes, mais de nove mil morreram em combate ou num dos muitos acidentes que, por descuido, falta de preparação ou infortúnio acabaram por causar vítimas. Os outros milhares de portugueses regressaram a casa com marcas físicas ou psicológicas de uma guerra que os transformou e marcou para sempre. Esta é a sua história.
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