Em Deixai-me Cantar a Floresta, Sara Timóteo resgata meditações íntimas, visões mitológicas, forças subterrâneas de uma natureza que pulsa sob o manto celeste, e instiga o leitor a procurar nas suas profundezas aquilo que jaz à tona do verso.
os homens não perseguem a natureza
já não procuram o território inviolado
das coisas
na sua desilusão constroem-se lacunas imensas
no rasto vazio do tempo.
“Os jornais eram, então, o palco e cenário do grande pulsar da acção política e cultural. Manuel Laranjeira, nas páginas do jornal O Norte, pouco antes do regicídio, proclamava num texto que ficou célebre, que em Portugal “o pensamento representa um capital negativo”. Referia-se ao suicídio de homens como Antero, Camilo e Soares dos Reis — ele que pouco depois se suicidaria também. Ora é este País “desencontrado” e “caótico”, mas também erudito nas franjas mais esclarecidas, para recorrer a expressões do mesmo Manuel Laranjeira, que Graça Fernandes redescobre e nos devolve nestas páginas de saborosa leitura.” os homens não perseguem a natureza
já não procuram o território inviolado
das coisas
na sua desilusão constroem-se lacunas imensas
no rasto vazio do tempo.
(Do prefácio)
Sem comentários:
Enviar um comentário