«Aquilino Ribeiro aceitou o encargo de compor a vida dos grandes reinantes ou apenas caudilhos, que deixaram na história mais que uma passagem meteórica (...) O critério dele é o do romancista: interessa-lhe tudo o que não é comum. Para a história, de resto, não há apenas ouro, há também o oricalco. (…)
Aquilino Ribeiro olhou para esses grandes de Portugal e pintou-os como Velasquez fazia com as tintas do arco-íris. Tais como eram. Melhor, tais como lhe pareceram. Sem deixarem de ser a obra historiador, escreveu estes perfis o novelista.»
«O meu médico de Viana (a quem recorro nas aflições, e que vigia o temperamento das coronárias e do fluxo renal) não o diz, mas sei que a longevidade dos Homem o aflige como um milagre da província. O segredo é só este: espremer a pasta de dentes pelo fundo, não ler demasiados romances, manter os retratos dos antepassados, levantar cedo e evitar ceder à indignação. Depois de fazer oitenta e cinco anos, já lá vão uns tempos, a família trata-me como uma página do álbum de glórias, anterior ao Titanic, destinado ao naufrágio ou ao museu. Faço o que posso, só para não os desiludir.»
Aquilino Ribeiro olhou para esses grandes de Portugal e pintou-os como Velasquez fazia com as tintas do arco-íris. Tais como eram. Melhor, tais como lhe pareceram. Sem deixarem de ser a obra historiador, escreveu estes perfis o novelista.»
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