18 segundos

Título: 18 Segundos

Autor: George D. Shuman

Editora: Editorial Presença

Sinopse:

Esta primeira obra de um autor que desempenhou uma actividade policial durante vinte anos é um livro que surpreende, arquitectado com um realismo convincente. Sherry Moore é invulgarmente bela, cega, vulnerável e compassiva. A sua mente tem uma característica única, a de poder «ver» o que ficou gravado nos últimos 18 segundos de memória que antecedem a morte de uma pessoa. Essa capacidade cedo a põe em contacto com as forças da lei a quem ajuda a resolver casos criminais. Quando a tenente O’Shaughnessy começa a investigar casos de desaparecimento de jovens mulheres em Wildwood, na Nova Jérsia, as duas mulheres juntam forças para capturar um tenebroso serial killer, acabando por encontrar-se em poder do assassino...

Opinião: 

Numa primeira passagem pela capa e pela sinopse, poderemos julgar que se trata de mais um thriller, com um serial killer e tudo o que vem por arrasto. Lendo a sinopse com um pouco de mais atenção, apercebemo-nos da presença de uma personagem que traz um lado mais esotérico a este livro. Partindo da ideia desta personagem, a experiência de leitura dependerá de quanto a história depender de Sherry Moore.

Este toque alternativa poderá afastar alguns leitores e atrair outro. Da minha parte, gosto de novidades, mas confesso ter hesitado um pouco após as primeiras páginas e a primeira leitura da memória de um cadáver.

Conhecendo estas hesitações de leitores mais puristas, o autor, rapidamente, passa a personagem principal para segundo plano e apresenta-nos uma típica cidade e esquadra assoladas por um novo e violento serial killer.

Como todos os bons thrillers, o suspense cresce, atingindo o auge numa fase em que o livro já não nos larga as mãos e em que a acção une as diferentes personalidades de Sherry e da tenente O'Shaughnessy.

No final, uma experiência de leitura emocionante e com grande valor de entretenimento.