
mesma forma que todos fazemos para podermos continuar a acreditar uns nos outros. Anoiteceu há poucas horas e sinto já a obrigação de mais um
dia que se avizinha. Vou-me deitar a querer sentir-me estendido na cama, quente e com sono e depois adormecer. Dispo-me no quarto enquanto um carro acelera ao longe na rua, algum tempo depois uma mota.
Onde me posso agarrar?”



Refere ainda a autora alguns dos nomes dos principais média conotados com diferentes áreas sociais, como no caso dos que trataram da emancipação da mulher, do cinema e também do desporto.
Finalmente, no sentido de apresentar uma panorâmica mais precisa do ambiente político coevo, seleccionou dois jornais – A Monarquia e o República, que lutavam com as suas próprias armas pela defesa dos “puros” ideais que perfilhavam.
Através da leitura de variadíssimas notícias desses jornais, cujo conteúdo sintetizou, será fácil ao leitor tirar as ilações mais contundentes sobre as forças que então se digladiavam no terreno.

Nasci por baixo da bandeira
portuguesa, no vale do
sofrimento, no ano da independência
quando o refúgio de uma
criança era debaixo de uma cama.
Nasci no país marcado por
cicatrizes e sangue,
onde o povo sorri de tristeza e
chora de alegria
em compasso
melancólico.
Nasci na cidade desértica,
na presença da Welwitschia mirabilis,
onde as dunas são perfumadas pela brisa do mar,
onde o pôr-do-sol é mágico e as noites
frias se perdem nos nevoeiros
esbranquiçados.
Nasci no sofrimento
onde a cruz que carrego
faz de mim forte para sorrir e ter
esperança a cada dia
da minha vida.

A leitura deste livro relembra subtilmente o que há mais de dois mil anos um célebre taumaturgo do século I a. C. deixou nos seus valiosos escritos: «ninguém morre a não ser na aparência».

São histórias que passaram de geração em geração, como “O Cordeirinho”, “O Laranjal”; “O Canavial”; “Grão de milho-miúdo”; “Ó Ana”; “Zé que mama na burra”; “O Vento”; “Os meninos com Estrelinha de ouro na testa” e “Corre, corre Cabacinha”. A autora também inclui três jogos: “Jogo do anel”; “Jogo do compadre Zé Badico” e “Jogo da Arrochada”.
Fernanda Paixão fez uma recolha destes contos e jogos junto da sua avó Pureza e registou-os numa cassete áudio.
A autora defende que estas histórias devem ser contadas, em vez de lidas.
Olá, tudo bem? Sou Ana Paula Bergamasco, escritora brasileira do livro Apátrida. Gostaria de propor uma parceria com o seu blog. Poderia entrar em contato? livroapatrida@hotmail.com
ResponderEliminarAtenciosamente.