terça-feira, 30 de novembro de 2010

Loucura Azul

Título: Loucura Azul
Autor: Paulo Alexandre e Castro
Editora: Fronteira do Caos

Sinopse:
O que podem ter em comum um jovem pintor, um agente secreto da ex-URSS, uma professora universitária e dois agentes do SIS? A resposta a esta e outras questões reside na fantástica vida azul de Maurizio. Maurizio Biancusi é um jovem pintor que volta à faculdade. Conhece Sylviane Rochas professora universitária dada a práticas pouco convencionais. Envolvem-se apaixonadamente, levando Maurizio a viver uma nova e intensa vida. Tudo se complica quando conhecem Vlamidir Gordchenko, um suposto escritor russo, que os levará em desespero a cometer um crime. Ao mesmo tempo, Maurizio e Sylviane são seguidos por dois agentes do SIS, Beno e Guido, que desconfiam da troca de mensagens operada nas obras de arte de Maurizio. São eles que o vão acompanhar sempre, mesmo quando Maurizio constata que afinal Sylviane nunca existiu… Paixão, sedução, assassínio e mistério são alguns dos ingredientes que fazem de Loucura Azul um livro original, apaixonante e intenso
 
Opinião:
É sempre bom constatar o crescimento da literatura portuguesa com o surgimento de cada vez mais autores nacionais promissores. E este "Loucura Azul" é um bom exemplo dos talentos que fervilham por aí...
O prólogo prenuncia uma escrita a um ritmo frenético, acompanhando as sensações de Maurizio e o restante livro não defrauda a impressão inicial.
O autor criou um pequeno número de personagens, mas extremamente bem caracterizadas e peculiares. Maurizio empresta alguma loucura a todo o seu dia-a-dia e esta é exacerbada pelos vestidos azuis de Sylviane. O caso amoroso entre os dois é intenso, apaixonado e apaixonante. Porém, parece estar sempre prestes a fugir ao controlo de Maurizio, já que Sylviane tenta sempre atingir novos limites.
O aparecimento de Vladimir, além de mudar completamente o cenário entre os protagonistas, altera também a escrita, que se torna mais delirante, mais caótica, acompanhando os devaneios de Maurizio.
O ciclo encerra-se na loucura plena e só aí é que o leitor encontra espaço para expirar, depois de ter aguentado o fôlego durante o último terço do livro.

Um pequeno livro, cheio de sumo para espremer. Venham mais...

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