Na alvorada do século XX, eis o retrato de Júlia, uma mulher excepcional cuja vida acompanha as convulsões do fim da monarquia. Uma vida profundamente ligada à situação social e política de Portugal e, em particular, à condição da mulher na sociedade portuguesa da época, através do seu empenho republicano e da sua consciência de cidadã.Junho de 1910: D. Manuel II enfrentava nova crise governamental, após a queda do ministério Veiga Beirão. Entretanto, revolucionários e carbonários organizavam reuniões desencontradas, para o derrube da monarquia. Cinco de Outubro acompanha os percursos dos principais protagonistas da época – D. Manuel II, Teixeira de Sousa, Paiva Couceiro, Afonso Costa, Machado Santos –, que se cruzam com personagens ficcionados, numa narrativa de intensidade crescente que culmina nos dias da revolução republicana: 3, 4 e 5 de Outubro.Importante estudo sobre o fim da Primeira República e a Ditadura Militar que abriu a porta ao Estado Novo. Extratexto de 32 páginas a cores, com iconografia de relevo da época.Os problemas que antes se adivinhavam, e que infelizmente foram escamoteados, são hoje incontornáveis. Analisando-os, Manuel Maria Carrilho avança com várias propostas, defendendo uma visão do País e do seu futuro centrada na urgente qualificação do território, das instituições e das pessoas que lance as bases de uma Nova República.
No meio de uma crise que torna a intervenção pública um imperativo de cidadania, este livro procura, num registo simultaneamente político e pedagógico, estimular um debate fundamental sobre os problemas do nosso tempo e do nosso País.A 1 de Fevereiro de 1808, Junot declarava pomposamente, em Lisboa, que a partir desse dia a casa de Bragança deixaria de reinar em Portugal.
Como uma maldição, nesse mesmo dia, cem anos depois, o rei D. Carlos e D. Luís Filipe eram abatidos a tiro no Terreiro do Paço, por Alfredo Costa e Manuel Buiça. Naquela tarde «morna e diáfana», como a descreveu Raul Brandão, não morriam só um rei e um príncipe, desaparecia também a esperança de conservar a monarquia.
Os dados estavam lançados e dois anos e oito meses depois implantava-se a República.«Escrito pouco depois do Cinco de Outubro e publicado em 1911, o famoso relatório de Machado Santos intitulado A Revolução Portuguesa constitui, sem dúvida, uma das fontes fundamentais para a história da Revolução Republicana, especialmente para a narrativa dos factos ocorridos entre a noite de 3 de Outubro e a manhã do próprio dia 5. Desde logo porque o seu autor é unanimemente reconhecido como o actor principal no teatro das operações, a partir do momento em que tomou a decisão de resistir na Rotunda com um punhado de escassas centenas de militares e alguns civis, quando tudo parecia já perdido para as forças republicanas.» António Reis
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
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