O romance Deixem Passar o Homem Invisível, de Rui Cardoso Martins, acaba de ser anunciado vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE)
Rui Cardoso Martins nasceu em Portalegre em 1967. É escritor, jornalista e argumentista. Repórter internacional e cronista desde a fundação do jornal Público (dois prémios Gazeta de Jornalismo), fundador das Produções Fictícias (co-criador e autor de Contra-Informação e Herman Enciclopédia, entre outros programas). No cinema, é autor do guião de Zona J e co-autor da longa metragem Duas Mulheres.
O seu primeiro romance, E Se Eu Gostasse Muito de Morrer (Dom Quixote 4ª Edição), foi publicado em Espanha e na Hungria. Tem contos editados em diversas revistas letrárias (Ficções, Egoísta, Magyar e Lettre Internationale).Durante uma grande enxurrada em Lisboa, um homem - cego desde os 8 anos, advogado - cai numa caixa de esgoto aberta, situada junto da igreja de S. Sebastião da Pedreira. Na mesma altura, um escuteiro que regressava de uma actividade na mesma igreja é também arrastado para o mesmo esgoto.
É a viagem de ambos, através de uma Lisboa subterrânea, enquanto cá fora são tomadas todas as medidas para os salvarem, que o autor nos conta neste segundo livro. Mas é também a entreajuda, a cumplicidade entre o cego e a criança, naquela terrível aventura.
Pelo meio, as histórias de um ilusionista - Seripe de nome artístico, na realidade Pires ao contrário -, as recordações do homem cego do tempo antes de aquilo acontecer, a história de um camaleão que não acertava com a cor, e tantas outras tornam a leitura deste livro extremamente aliciante.
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