quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A Lâmpada de Aladino

Título: "A Lâmpada de Aladino"
Autor: Luís Sepúlveda
Editora: Porto Editora

Sinopse:
A Lâmpada de Aladino constitui o esperado regresso de Luis Sepúlveda ao território da ficção. Ao longo das histórias que compõem este livro reencontramo-nos com esse território de sentimentos que fizeram do autor um dos nomes mais apreciados da literatura da América Latina.

Enquanto os nomearmos e contarmos as suas histórias, os nossos mortos nunca morrem, diz a certa altura um personagem. Foi precisamente para resgatar do esquecimento momentos, lugares e existências irrepetíveis que Luis Sepúlveda escreveu A Lâmpada de Aladino, uma lâmpada de onde surgem, como por arte de magia, treze contos magistrais.

A Alexandria de Kavafis, o Carnaval em Ipanema, uma cidade de Hamburgo fria e chuvosa, a Patagónia, Santiago do Chile nos anos sessenta, a recôndita fronteira do Peru, Colômbia e Brasil, são alguns dos cenários deste livro. Nas suas histórias, cada uma delas um romance em miniatura, Luis Sepúlveda dá vida a personagens inesquecíveis, prendendo o leitor da primeira à última página.

Opinião:
Foi com este livro, apresentada como livro do dia numa das muitas visitas realizadas à Feira do Livro do Porto, que decidi iniciar-me na leitura das obras de um autor tão aclamado - Luís Sepúlveda.
Apesar das imensas críticas positivas, não era um nome que me chamasse a atenção ou que tivesse criado em mim aquela curiosidade que tantos leitores conhecem. Agora, depois de ter terminado o livro, agradeço à Porto Editora a pechincha que me levou a trazer este livro para casa.
É um livro de contos. Pequenos pedaços de histórias, reais ou fictícios, actuais ou intemporais; este é um livro de fragmentos. Em cada história (que pode ir de 2 a 30 páginas) encontrei frases geniais como que plantadas com toda a naturalidade por entre o restante texto. Simplicidade requintada será a antítese apropriada para descrever a forma como este autor escreve. 
Mesmo tendo elevadas expectativas em relação ao autor, creio não ser injusto dizer que ele as superou. Se não contar com pequena desilusão quase implícita em todos os contos bem contados, encontrei em pequenas expressões e em alguns parágrafos a justificação para a sua reputação.

Talvez não seja a forma ideal de conhecer o autor, ou talvez seja. De qualquer das formas, é um livro que recomendo. Um livro que se saboreia, conto a conto, como se de um bom vinho se tratasse.

2 comentários:

  1. Este também nunca foi um nome que me despertá-se grande atenção. Ouvia-o inúmeras vezes mas a única coisa que pensava era que era um autor popular mas nunca fui "chamada" a ler os livros dele... Mas depois desta crítica sou capaz de repensar nisso :)

    Boa crítica!

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  2. Olá V_Crazy_Girl:

    Vale a pena experimentar! Porque tem, de facto, qualidade, e para pelo menos conhecermos este autor tão badalado!

    Boas leituras!

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