sábado, 14 de agosto de 2010

Imperfeitos

Título: Imperfeitos
Autor: Scott Westerfeld
Editora: Vogais & Companhia

Sinopse:
Num mundo de extrema beleza, a normalidade é sinónimo de imperfeição. 
Num futuro não tão distante quanto isso, não há guerras, nem fome, nem pobreza. O mundo é perfeito. Todos são perfeitos. Pelo menos, depois de completarem 16 anos. Qualquer um pode ter a aparência de um supermodelo… e que mal haveria nisso?

Tally Youngblood mal pode esperar pelo seu décimo sexto aniversário, altura em que será submetida à cirurgia radical que a transformará de uma mera Imperfeita para uma deslumbrante Perfeita. Uns lábios bem delineados, um nariz proporcional, um corpo ideal… é tudo o que sempre quis. Já para não falar que uma vida de diversão num paraíso de alta tecnologia espera por si.
Mas quando a sua melhor amiga decide virar as costas a esta vida perfeita e foge, Tally descobre um lado inteiramente novo do mundo dos Perfeitos - e que, por sinal, nada tem de perfeito. É então forçada a fazer a pior escolha possível: encontrar a amiga e traí-la ou perder para sempre a possibilidade de se tornar Perfeita.
Seja qual for a sua decisão, a sua vida nunca mais será a mesma.

Opinião:
Da trilogia Midnighters ficou-me um conceito inovador e refrescante, numa leitura fluida, podendo até ser viciante, com pouca profundidade em alguns momentos. Tendo lido que a tetralogia "Uglies" a superava, deixei-me levar pela curiosidade e fui procurar a beleza de "Imperfeitos".
A acção decorre num interessante e improvável futuro. Para evitar descriminações por aspecto físico, todos os habitantes são submetidos a uma extensa intervenção cirúrgica, tornando-os a todos perfeitos, proporcionais, simétricos... Aborrecidos... Porém, alguns dos adolescentes fogem das cidades para evitar a remodelação. É neste contexto que vamos conhecendo Tally, Shay e as restantes personagens.
Vou tentar evitar, para já, comparações com "Midnighters", deixando-as para o final da série.
De uma história principalmente dirigida para um público juvenil, retiram-se vários atractivos para qualquer leitor: um conceito com uma certa profundidade, de onde se podem extrapolar algumas controvérsias actuais sobre beleza e aspecto físico; alguns toques de sentido de humor; tudo isto, numa leitura fácil, ligeira, óptima para toalha de praia.
Após um final a roçar o emocionante, temos um pequeno excerto do próximo livro, "Perfeitos", para nos fazer salivar.

Um início promissor de uma série que pode agradar a "jovens" de todas as idades.

2 comentários:

  1. Desfolhar ou folhear? Se aplicado no sentido de observar para conhecer o conteúdo de um livro, folhear parece-me mais adequado. Desfolhar significa retirar as folhas, não é? Assim, desfolhar um livro será rasgar-lhe as folhas e não lê-las. Um blogue feito por e para quem ama os livros e a leitura deve evitar títulos pouco cuidados!

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  2. Olá Zita,

    Se a sua observação tiver como fundamento genuína curiosidade, envie-nos um e-mail. Teremos todo o gosto em esclarecê-la, como já fizemos com várias pessoas, relativamente à escolha do nome para o nosso blogue.

    Se a observação se baseia na presunção de que é detentora da razão, lamentamos que alguém que se diz amante de livros não consiga entender das palavras mais do que o seu sentido literal. Lamentamos também a clara intenção de ridicularizar um trabalho que tanto prezamos.

    Quem vem por bem, é sempre bem vindo. Talvez possa continuar a passar por cá.

    Boas leituras.

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