A Próxima Vez

Título : A Próxima Vez

Autor: Marc Lévy

Editora: Contraponto

Sinopse:

Jonathan é um especialista em arte com uma paixão inexplicável pela obra do pintor russo Vladimir Radskin. Quando, nas vésperas do seu casamento, lhe chega a notícia de que uma galeria em Londres tem em sua posse cinco quadros do pintor - entre elas, possivelmente, a sua mítica última obra, A Jovem do Vestido Vermelho, misteriosamente desaparecida em 1868 -, Jonathan não hesita em partir. Ao chegar a Londres, encontra Clara, a dona da galeria, e é acometido por uma forte sensação de déjà-vu: já viu aquele rosto, já ouviu aquela voz. Mas onde, e quando? Será que entre eles há algo mais em comum do que uma paixão por pintura? A sua busca leva-os a uma loja de tintas em Florença, de um laboratório no Louvre a uma misteriosa mansão em Inglaterra. Quanto mais Jonathan e Clara descobrem acerca da última obra de Radskin, mais descobrem acerca de si próprios: três vidas muito diferentes, três destinos entrelaçados, presos numa corrida contra o tempo...

Opinião:

Pequeno e com muito boas opiniões, quer por parte da imprensa, quer dos nossos leitores, este livro deixou-me curiosa desde logo (apesar de não achar a capa muito apelativa...). Depois de ter procurado saber mais sobre o autor, ainda mais curiosa fiquei e, devo confessar, não me arrependi de o ter escolhido como próxima leitura!

Diferente do que tenho lido ultimamente, Marc Lévy começou por se demarcar com uma escrita simples, composta por frases curtas e objectivas, com as quais vai contando a história como se de um esboço bem trabalhado se tratasse, deixando os pormenores para a nossa imaginação definir. Apesar de inicialmente ter estranhado esta simplicidade, rapidamente se tornou uma benesse, uma vez que a leitura se mostrou muito fluída e leve, precisamente o que estava à procura na altura!

Relativamente ao enredo, pelo que tinha percebido com a pouca investigação que fiz sobre o autor, este é fiel ao estilo que Lévy tornou muito próprio. O autor mostrou ser realmente capaz de criar um romance no qual entidades como a vida e a morte, o corpo e a alma, são parte integrante da história, mantendo a coerência e o foco nas personagens e conseguindo, ainda, dar um cheirinho de arte à história! Adorei!

Depois deste, com certeza muitos outros virão. É já um autor a ter em franca consideração, pelo que recomendo, a quem ainda não teve o prazer, a leitura desta obra!