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Atenção crianças! O grande herói do mundo infantil está de volta. Desta vez, Bolinha irá em busca de um tesouro e a aventura será, como sempre, muito divertida. Um livro interactivo onde os mais pequeninos entram na história e descobrem grandes surpresas.Ao contrário do seu contemporâneo, o jovem Wells, que procurou na ciência a possibilidade do fantástico, Gustav Meyrink procurou-a na magia e na superação de todo e qualquer artifício mecânico. «Não podemos fazer nada que não seja mágico», diz-nos em O Cardeal Napellus, máxima que Novalis aprovaria. Meyrink acreditava que o reino dos mortos penetrava no mundo dos vivos e que o nosso mundo visível era incessantemente penetrado pelo outro, invisível.Torey Hayden publicou A Criança Que Não Queria Falar, em 1980, relatando o caso verídico e comovente da sua relação com uma menina de seis anos que aparecera, gravemente perturbada, na sua aula de ensino especial. Ao longo de vários meses a jovem professora lutou para fazê-la desabrochar sob o calor generoso da sua espantosa intuição e amor e levá-la a descobrir um mundo que podia ser luminoso. Separadas pelas contingências da vida, só voltam a encontrar-se anos mais tarde quando Sheila já tem 13 anos. Para surpresa de Torey, a adolescente parece ter perdido uma grande parte das memórias dos primeiros tempos que passaram juntas e, à medida que elas ressurgem do passado com os sentimentos que lhes estão associados, a sua competência de terapeuta e a sua devoção vão de novo ser duramente postas à prova.Harry Potter é antes de mais o fenómeno editorial de 1999. É-o porque demove crianças de jogos de computador e de infindáveis horas frente ao televisor. É-o porque está traduzido em cerca de 30 idiomas. É-o porque tem angariado os mais importantes prémios de literatura infanto-juvenil. É-o, por fim e entre outras inúmeras razões, porque ocupa há meses consecutivos os primeiros lugares das mais importantes listas de vendas mundiais. Mas Harry Potter, o personagem dos livros de J. K. Rowling, não é um herói habitual. É apenas um miúdo magricela, míope e desajeitado com uma estranha cicatriz na testa. Estranha, de facto, porque afinal encerra misteriosos poderes que o distinguem do cinzento mundo dos muggles (os complicados humanos) e que irá fazer dele uma criança especialmente dotada para o universo da magia. Admitido na escola Howgarts onde se formam os mais famosos feiticeiros do mundo, Harry Potter irá viver todas as aventuras que a sua imaginação lhe irá propocionar. Um grande sucesso editorial que os mais jovens adoram e que apetece também aos adultos.Nas noites trágicas, geladas, visitadas pelo espectro da fome e arquejantes, sacudidas pela violência da tuberculose, Frank conhece, na intimidade, a impiedade da miséria. Cresce nos bairros pobres, apinhados, de Limerick, na Irlanda dos anos 40, exangue pela guerra civil, carente de sustento material e intelectual; cresce à mercê da crueldade, da insensatez, do adormecimento negligente que transforma cada dia de um quotidiano dramático numa cruzada contra a morte. Frank McCourt revisita a criança que foi com uma vitalidade contangiante, e a sua voz lírica, plena de uma energia rara, de musicalidade, de humor, profere as suas memórias numa prosa impetuosa, pictórica, sagaz, com a graça narrativa dos grandes romances. Uma obra que comove e deslumbra pela sua beleza, pela sensibilidade que supera o sofrimento e o rancor e torna-se matéria-prima de uma narrativa sobre o amor e o crescimento. "Prémio Pulitzer" de 1997.No novo romance de Luis Rosa não é só o tema que nos deleita, pela sua força inspiradora ao narrar uma das mais trágicas paixões que a nossa memória colectiva jamais esqueceu. É também a vibração da escrita de Luis Rosa que nos faz seguir página a página, numa leitura sem quebras, dando-nos o testemunho de um escritor que sabe contar como poucos. Luis Rosa tem esse dom de transmitir as emoções, dando-lhes uma força e comunicabilidade que dir-se-ia estabelecer uma relação de cumplicidade entre autor e leitor. É como se a história estivesse a ser revivida por quem escreve e quem lê. E tudo isto sem esquecer o rigor histórico posto na investigação dos personagens, do ambiente e sobretudo da intriga que culmina na tragédia que se abateu sobre o amor infinito de Pedro e Inês.Ler Alçada Baptista é sempre, de alguma forma, um reencontro. Para quem o tem e acompanha o seu percurso de escritor, é como retomar uma conversa interrompida algures, que se continua com renovado prazer. Ao acompanhar a vida de Francisco, o personagem central deste romance, ao longo das suas escolhas, da sua procura, ele que deliberadamente escolheu a via do sonho possível, da busca dos valores mais essenciais -, ao acompanhá-lo nas suas deambulações pelo mundo, pela história, ao sabor dos acasos, encontros e amores - já que para o protagonista a cumplicidade com o feminino se configura como um «aceno do futuro» -, o leitor é levado a tomar consciência de uma forma de questionamento radical. Radicalidade que decorre do facto de ser a toda uma vida que se faz um balanço, tendo por contraponto esse horizonte que é a morte. Deus? Possivelmente. Mas um Deus que ri, um Deus que joga, no sentido lúdico do termo, um Deus apaixonado pela pura alegria de existir.
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