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O Americano Tranquilo é um dos grandes romances com a guerra do Vietname como pano de fundo. Contudo, antecipa, através da sua personagem principal, Alden Pyle, um agente da CIA, o que posteriormente veio a ser a intervenção norte-americana naquele país do Extremo Oriente.br> Livro sobre a guerra mas que se não detém em descrições bélicas. Livro, isso sim, sobre a condição humana, onde o que está verdadeiramente em causa é o amor, o ódio, a traição, a morte de inocentes e o sacrifício de civis.Um representante de uma pequena empresa inglesa de aspiradores, lojista quase arruinado, vive angustiado com os eternos motins de Cuba. Os negócios vão mal, muito mal e Milly, a sua bela filha, atormenta-o com os seus caprichos. Então, sob a forma de Mr. Hawthorne, um enigmático cavalheiro que faz apelo ao seu sentido patriótico, explica-lhe coisas tão estranhas como o modo de usar um livro de cifra, ou tinta invisível, ou a utilidade das chaleiras eléctricas para a abertura de cartas - a tentação surge. Pouco a pouco, como aliás explica Hawthorne aos seus superiores hierárquicos em Londres, a imaginação do pobre comerciante põe-se a trabalhar. E como, no nosso mundo, a realidade não é coisa que se enfrente, a imaginação assim estimulada virá a revelar-se mais verdadeira do que o próprio real…Memórias de Adriano tem a forma de uma longa carta dirigida pelo velho imperador, já minado pela doença, ao jovem Marco Aurélio, que deve suceder-lhe no trono de Roma (século II d.C.). Pouco a pouco, através deste serena confissão ficamos a conhecer os episódios decisivos da vida deste homem notável. Vencedor do prémio Femina Varesco. Este romance é seguramente um dos mais importantes de Marguerite Yourcenar e uma das obras de referência da literatura contemporânea.Viagem ao Fim da Noite é uma das obras-primas da literatura universal do século XX. Torrencial e desesperado, este romance foi saudado, na época, como um grande fresco das misérias da condição humana e como um exemplo de uma nova consciência da esquerda. Formosa ironia, com efeito. Poucos anos volvidos, a intelligentsia progressista arrepender-se-ia do seu prematuro entusiasmo, face à surpresa de sentido inverso que representaram Morte a Crédito e, muito principalmente, Bagatelles pour un Massacre. Falou-se então de fascismo e de infâmia a propósito do comportamento de Céline durante a ocupação alemã. A ambiguidade, porém, nem por isso se tinha desvanecido. Este homem, acusado de ter sido o mais feroz anti-semita das letras francesas, foi também dos primeiros a denunciar os ridículos do militarismo e os crimes da exploração colonial. De modo que, pondo de parte as querelas apesar de tudo insignificantes da ideologia, talvez ninguém melhor do que Georges Bataille se tenha apercebido do real significado deste romance: "podemos considerá-lo como a descrição das relações que um homem mantém com a sua própria morte (…), que não difere fundamentalmente de uma meditação monástica perante uma caveira".
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