A vida deste homem valoroso foi em parte também ela uma fuga, um êxodo em busca da saúde. Em 1888, a necessidade dum clima ameno conduziu-o às ilhas do Pacífico, das quais nunca mais regressou. Os nativos deram-lhe a alcunha de Tusitala, o Narrador de Histórias. Ali, em colaboração com o enteado, escreveu o menos famoso, e possivelmente o melhor, dos seus romances, The Wrecker. Deixou uma vasta obra, na qual convivem a história, o drama, o ensaio crítico ou autobiográfico, o conto, o romance e a poesia. A sua poesia é de tal modo perfeita que amiúde nos parece inevitável, senão mesmo fácil. A nostalgia levou-o frequentemente a recorrer ao dialecto da sua pátria. Morreu repentinamente em Vailima, a 3 de Dezembro de 1894.
Jorge Luis Borges Thomas Moran descobre a sua vocação de uma forma, no mínimo, turbulenta. Quando em 1906 São Francisco é abalada por um violento terramoto, Thomas, então com sete anos, comete o seu primeiro acto de delinquência e a partir daí a sua vida toma um rumo que em muito reflectirá a própria história dos Estados Unidos. Gangsters de todas as nacionalidades, vigaristas, autoridades corruptas e as provações de viver à margem da sociedade constituirão o seu dia-a-dia, mas a força de um grande amor poderá estar prestes a mudar o seu destino. Quando Thomas conhece Effie, filha de um vinicultor de Napa Valley, conhece também talvez a única grande oportunidade de ir ao encontro de uma vida nova. Mas será ainda possível salvá-lo de si próprio?Mungo adora Londres e detesta o campo. Nunca se imaginaria a viver rodeado de árvores, flores e camponeses. Mas um dia, o pai adoece gravemente e morre, deixando Mungo e a mãe numa situação financeira difícil. Sem outra alternativa, são obrigados a trocar a casa de Londres por uma casinha na província. Mungo sente-se miseravelmente. Sozinho, sem o pai, sem os amigos… É então que o insólito acontece… Mungo encontra outro Mungo em tudo semelhante a si, até no nome! Será que a chegada deste Mungo paralelo servirá apenas para duplicar o caos em que já se encontrava a vida de Mungo? Ou será que ele traz na manga um plano extraordinário para o ajudar? Tudo é possível neste romance surpreendente que mistura na perfeição fantástico, ficção-científica, thriller psicológico e universos paralelos. Ambrose Zephyr descobre de repente que o tempo se está a esgotar quando o médico anuncia que, devido a uma misteriosa doença, lhe resta um mês de vida. Por isso, ele e a mulher, Zappora Ashkenazi, decidem viajar para todos os sítios de que ele mais gostou ou que mais queria ver, de A a Z, começando por Amesterdão. Em Istambul, porém, Ambrose e Zappora dão ao resto do percurso um rumo inesperado, ao fazerem as pazes com o tempo perdido e as muitas perguntas deixadas para trás… O Fim do Alfabeto é uma história mágica, evocativa e inesquecível que nos leva numa viagem espiritual até às profundezas do amor, da perda e da vida.Depois de Ricardo Coração de Leão e de João sem Terra, que são «Duas Vidas Portuguesas» (2007 e 2008), José-Augusto França apresenta um romance histórico que o não é, mas sim na realidade um romance dos tempos que atravessa - os anos 40 portugueses e franceses da ocupação alemã, os anos 60 lisboetas das revoltas estudantis e 70, da revolução. Trazido aos anos 90 vividos numa velha casa do Anjou, A Guerra e a Paz é um romance de memórias e dúvidas, amores e desamores do nosso tempo. Como outrora se dizia, trata-se de «destinos individuais inscritos no contexto histórico».Com a publicação de Memória dos Dias sem Fim, o novo livro de Luis Rosa, o romance histórico português rasga novos horizontes, simultaneamente mais vastos e profundos, reveladores da própria dimensão humana. É a realidade da guerra em toda a sua desconformidade e falta de sentido, capaz de denunciar as muitas faces ocultas do homem, desnudando-o e mostrando-o como realmente é - sofredor, idealista, solidário, cruel. Mas, patentes nestas páginas de grande intensidade psicológica e sociológica, estão também outras realidades - as culturas, comportamentos e mentalidades da sociedade guineense que permeiam o quotidiano da guerra, a solidariedade que a crueza das circunstâncias comuns faz surgir entre negros e brancos, ou ainda a amizade incondicional que nasce espontaneamente entre irmãos de armas. O sentimento intenso do absurdo da guerra narrado por quem o viveu na primeira pessoa, a manifestação de um homem oculto que se expressa na luta pela sobrevivência no horizonte intenso dos dias sem fim.Os Guardiães das Lágrimas do Sol e da Lua vivem finalmente em plena união. Dos seus amores nasceram Halvard e Kelda, os gémeos sobre quem pairam profecias grandiosas e temíveis. Halvard está nas mãos de Sigarr, o Mestre da Arte Obscura, que espera treiná-lo para ser o Guardião do Conhecimento Absoluto, e usar o imenso poder deste em seu proveito. Kelda, luta por cumprir os desígnios da Pedra do Tempo e salvar a sua própria alma, resgatar Halvard e levar a cabo a missão que herdou da sua avó Catelyn. Este é o sexto volume de uma das séries fantásticas mais acarinhadas pelos leitores portugueses, A Saga das Pedras Mágicas.
sábado, 5 de dezembro de 2009
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