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Mário de Carvalho recebeu o Prémio Literário Fernando Namora com o seu romance A Sala Magenta, publicado pela Caminho em 2008.
Em comunicado difundido hoje pela Estoril Sol lê-se que o júri, presidido pelo escritor e ensaísta Vasco Graça Moura, teve em conta «a elevada qualidade estilística e narrativa desta obra e a humanidade do olhar que lança sobre o universo da criação artística e da existência».
Recorda-se que é a segunda vez que Mário de Carvalho vence o Prémio Literário Fernando Namora sendo que a primeira foi em 1996 com o romance Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde, também publicado pela Caminho e igualmente distinguido com o Grande Prémio APE.
Gustavo podia fazer um pequeno catálogo das mulheres que tinha tido, mas outro ainda maior das que o tinham rejeitado, conseguia ser uma alma compassiva e comovida, mas não era capaz de perdoar as rejeições acumuladas ao longo da vida. A ligação com Maria Alfreda percorrera toda a escala de sofrimentos e vexames, num desgaste constante, que o havia esgotado, para corresponder às suas paradas e evitar sentir-se diminuído ao lado dela. Partilharam momentos de amor, de raiva, de luta, de ironia, de crueldade, de arrebatamento e regelo naquela sala de tons magenta, num conchego alcatifado, a um tempo tranquilizador e abafadico.
São duas personagens que, à semelhança de todas as outras, ao longo do romance, manifestam um desaire em relação ao tempo vivido, convivem com projectos falhados.
Pequenos pedaços das nossas realidades e das nossas histórias.
Vale mesmo a pena investir nesta curiosa leitura!
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