Autor: José Saramago
Editora: Caminho
Sinopse:
«Em ""A Jangada de Pedra"" (...) o escritor recorre a um estratagema típico. Uma série de acontecimentos sobrenaturais culmina na separação da Península Ibérica que começa a vogar no Atlântico, inicialmente em direcção aos Açores. A situação criada por Saramago dá-lhe um sem-número de oportunidades para, no seu estilo muito pessoal, tecer comentários sobre as grandezas e pequenezas da vida, ironizar sobre as autoridades e os políticos e, talvez muito especialmente, com os actores dos jogos de poder na alta política. O engenho de Saramago está ao serviço da sabedoria.» (Real Academia Sueca, 8 de Outubro de 1998)
Opinião:
Mais um do nosso prémio Nobel...
Digo "mais um", mas não penso que seja apenas um romance a mais na sua vasta bibliografia... Este livro tem muito de único, mantendo o estilo próprio e a ironia típica de Saramago que, com os comentários deliciosos de sempre, vai colorindo a navegação da Península (ou ilha) Ibérica.
Poderá parecer à partida que o facto de a Ibéria começar a passear pelo Atlântico pouco ou nada trará de novo à vida dos seus povos. Mas pensem, para começar, nas politiquices envolvidas... Lá se vai a Europa, os Açores em rota de colisão, e se chegássemos à América?, e se Nova Iorque se tornar uma cidade do interior?, que governos nos apoiariam? e como será a colaboração entre políticos portugueses e a monarquia espanhola?
Quanto ao povo... Os turistas fogem, os autóctones vão tentando fugir, para além das migrações em massa para assistir aos Pirenéus rachados ou a Gibraltar a passar ao largo.
Os protagonistas foram reunidos por circunstâncias extraordinárias, aparentemente com pouco em comum, e onde se confundem as causas e os efeitos. O que unirá um cão sem cordas vocais, um novelo de lã azul e uma pedra lançada com força sobre-humana?
Todos estes sucessos são entrelaçados por metáforas (que, confesso, temo que me tenham escapado muitas), reparos sarcásticos e pequenos rebuçados linguísticos.
Espero ter conseguido o objectivo de aguçar o apetite a quem ler a minha opinião...
Será um bom livro para quem gosta do autor, e talvez não seja nada mau para quem quer tentar um pela primeira vez!
Opinião:
Mais um do nosso prémio Nobel...
Digo "mais um", mas não penso que seja apenas um romance a mais na sua vasta bibliografia... Este livro tem muito de único, mantendo o estilo próprio e a ironia típica de Saramago que, com os comentários deliciosos de sempre, vai colorindo a navegação da Península (ou ilha) Ibérica.
Poderá parecer à partida que o facto de a Ibéria começar a passear pelo Atlântico pouco ou nada trará de novo à vida dos seus povos. Mas pensem, para começar, nas politiquices envolvidas... Lá se vai a Europa, os Açores em rota de colisão, e se chegássemos à América?, e se Nova Iorque se tornar uma cidade do interior?, que governos nos apoiariam? e como será a colaboração entre políticos portugueses e a monarquia espanhola?
Quanto ao povo... Os turistas fogem, os autóctones vão tentando fugir, para além das migrações em massa para assistir aos Pirenéus rachados ou a Gibraltar a passar ao largo.
Os protagonistas foram reunidos por circunstâncias extraordinárias, aparentemente com pouco em comum, e onde se confundem as causas e os efeitos. O que unirá um cão sem cordas vocais, um novelo de lã azul e uma pedra lançada com força sobre-humana?
Todos estes sucessos são entrelaçados por metáforas (que, confesso, temo que me tenham escapado muitas), reparos sarcásticos e pequenos rebuçados linguísticos.
Espero ter conseguido o objectivo de aguçar o apetite a quem ler a minha opinião...
Será um bom livro para quem gosta do autor, e talvez não seja nada mau para quem quer tentar um pela primeira vez!
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