Autor: Murilo Carvalho
Editora: LeYa
Sinopse:
Estamos no virar do século XIX em Congonhas do Campo. Pereira, um antigo jornalista de origem portuguesa, revisita as suas memórias, que percorrem todo o conturbado período da segunda metade do século. Através do relato da sua viagem, Pereira, que deixara Paris com o seu grande amigo e companheiro Pierre, leva-nos a conhecer o Brasil em guerra com o vizinho Paraguai, no período mais decisivo da sua história. Uma guerra sangrenta que o Brasil trava ao lado da Argentina e do Uruguai e que, para Pereira e Pierre, será o momento decisivo das suas vidas. É também a guerra pelo espaço vital das populações índias que, humilhadas pela acomodação forçada às regras e vivências dos colonos, tentam recuperar a sua Terra Mítica onde o Mal não existe. É ainda a guerra travada por Pierre para se definir a si mesmo: índio, como o seu povo, ou europeu, tal como foi criado? Levado em criança por Auguste de Saint’ Hillaire do Brasil para França, descobre, já adulto, nas feições de dois índios presos, a chave para as suas raízes nunca explicadas. Raízes que vai encontrar nesse cruzamento do Rio da Prata onde brasileiros e paraguaios morrem aos milhares e os índios guarani lutam por uma terra onde possam de novo viver livres e em paz. Da França à Argentina, do Brasil ao Paraguai, do sertão nordestino aos planaltos do Sul do Brasil, Pereira relata-nos de uma forma empolgante e quase cinematográfica as grandes transformações que definiram a América do Sul. Pelo caminho, encontra o amor perfeito e Pierre a pátria a que, junto dos seus, pode chamar sua.
Baseado em factos verídicos e personagens reais, O Rastro do Jaguar é um fresco dos intensos choques culturais e sociais que marcaram o século XIX e a relação dos europeus com as suas antigas colónias agora independentes.
Opinião:
Baseado em factos verídicos e personagens reais, O Rastro do Jaguar é um fresco dos intensos choques culturais e sociais que marcaram o século XIX e a relação dos europeus com as suas antigas colónias agora independentes.
Opinião:
Prémio LeYa, capa atractiva, nos tops de todas as livrarias, uma escolha fácil para quem vai comprar um livro sem ter nenhum em mente.
O Rastro do Jaguar é um livro extenso, mas nada pesado. Pode, à partida, parecer estranho ler em "brasileiro", mas habituei-me às pequenas diferenças em poucas páginas.
A parte histórica é interessantíssima! Especialmente por me ser completamente desconhecida, por mostrar o Brasil de um ângulo inédito e pela violência, não explícita mas bem implícita em todo o relato. A parte mais romanceada é deixada um pouco de parte (o que, pessoalmente, me agrada), e vive de intenções futuras ou lembranças passadas.
Houve o cuidado, por parte do autor, em inserir um pequeno mapa e resumo histórico para melhor nos situarmos no local e contexto.
A estrutura é bastante dinâmica, com grandes saltos temporais, numa escrita fluída que torna difícil largar o livro quando se engrena na leitura.
Em resumo, não será a primeira escolha para uma leitura light mas é o livro ideal para quem gosta de romances históricos!
O Rastro do Jaguar é um livro extenso, mas nada pesado. Pode, à partida, parecer estranho ler em "brasileiro", mas habituei-me às pequenas diferenças em poucas páginas.
A parte histórica é interessantíssima! Especialmente por me ser completamente desconhecida, por mostrar o Brasil de um ângulo inédito e pela violência, não explícita mas bem implícita em todo o relato. A parte mais romanceada é deixada um pouco de parte (o que, pessoalmente, me agrada), e vive de intenções futuras ou lembranças passadas.
Houve o cuidado, por parte do autor, em inserir um pequeno mapa e resumo histórico para melhor nos situarmos no local e contexto.
A estrutura é bastante dinâmica, com grandes saltos temporais, numa escrita fluída que torna difícil largar o livro quando se engrena na leitura.
Em resumo, não será a primeira escolha para uma leitura light mas é o livro ideal para quem gosta de romances históricos!
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