«Mais tarde, também eu arrancarei o coração do peito para o secar como
um trapo e usar limpando apenas as coisas mais estúpidas.»
Passado nos recônditos fiordes islandeses, este romance é a voz de uma
menina diferente que nos conta o que sobra depois de perder a irmã
gémea. Um livro de profunda delicadeza em que a disciplina da tristeza
não impede uma certa redenção e o permanente assombro da beleza. O
livro mais plástico de Valter Hugo Mãe. Um livro de ver. Uma utopia de
purificar a experiência difícil e maravilhosa de se estar vivo.
1975 é um ano que, observado à lupa, como acontece nestas páginas, continua a surpreender, tal é o curso desvairado dos acontecimentos num país em que o primeiro-ministro afirma que o resultado das eleições não é para respeitar, a direita defende que a revolução vá até ao absurdo, a esquerda não aceita ser apeada, e até o presidente da República considera que a marcha da revolução tomou uma aceleração que o povo não tem capacidade de absorver. Um país onde os oficiais das Forças Armadas e os líderes dos partidos combatem ferozmente na praça pública, as forças políticas de extrema-esquerda dão o braço às massas progressistas para instalar o Poder Popular e um Governo chega a fazer greve.
É um processo revolucionário inédito na Europa, observado atentamente pelos vizinhos e pelo bloco soviético, manipulado pelos Estados Unidos, e com a intervenção de tropas cubanas em Angola.
1975 – O Ano do Furacão Revolucionário relata o dia-a-dia de um país à beira da guerra civil, recordando os factos históricos e as pequenas histórias que dividiram como nunca os portugueses.
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
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